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Resumo
A proposta que formulo neste artigo é uma reflexão sobre os métodos adotados numa mesma lógica colonizante tanto no Brasil quanto em Macau. Ao
longo do texto, aproximo a caracterização social e a concepção de hibridez do que consideramos categorias estanques na Ciência da Linguagem.
Como tentativa científica de incorporar a migração humana no contexto da
superdiversidade linguística, evidenciamos alguns problemas advindos da
adesão aos rótulos gerados ao longo do século XX na Linguística e trazemos
uma concepção mais elástica de língua incluindo traços identitários nessa
discussão, já que ser híbrido pode ser uma vantagem em alguns momentos
e uma grande desvantagem em outros. Para este estudo, mobilizarei dois
casos específicos: o do mameluco (índio e português → euroamericano) e o
do macaense (chinês e português → euroasiático), filhos da terra e biculturais
em essência. A partir deles, discutiremos os efeitos híbridos decorrentes da
política colonizante.